Aquilo que te faz esquisito.
Em dezembro de 1984, a revista PC and Office Technology publicou uma matéria sobre o Blastar, jogo desenvolvido a partir de 123 linhas de BASIC (linguagem de código) por um menino de 10 anos, esse menino era Elon Musk, e esse jogo foi sua primeira criação.
A reportagem dizia: “Neste jogo você tem que destruir um cargueiro espacial alienígena cheio de bombas de hidrogênio e metralhadoras de feixe de luz".
Elon sempre teve dificuldade em acessar a mesma frequência da maioria das pessoas. Ele não entendia a religião nem o hábito de frequentar o culto. Esses momentos só serviam para o encher ainda mais de dúvidas existenciais e filosóficas: mas por que estamos aqui?
Para ele, “tem coisas que não se explicam” não era uma resposta final. Sempre buscava a resposta na física e ciência (sim, desde criança ele tava nessa), mas para essas questões a ciência não lhe deu as respostas que esperava.
O que salvou Elon foram os livros de ficção científica — essa era a fonte de sabedoria para crianças com intelecto hiperativo que jogavam videogame.
Ele ficou viciado nos livros de Isaac Asimov, com atenção a série Fundação, onde no livro Os robôs e o Império, 1985, o autor apresenta a regra para coexistência da robótica com humanos:
A Lei Zero: “um robô não pode fazer mal à humanidade, ou, por inação, permitir que a humanidade seja prejudicada”.
Mais de 30 anos depois, Musk postou um tuíte aleatório sobre como essas ideias motivaram sua busca por tornar os humanos uma espécie viajante do espaço e sua intenção de colocar inteligência artificial a serviço dos humanos:
“A série Fundação e a Lei Zero foram fundamentais para a criação da SpaceX”.
Mais tarde, em 1994, já na universidade, o título do seu trabalho de conclusão de curso foi “A importância de ser solar”. Ele era motivado não só pelo perigo da mudança climática, mas também pelo fato de que as reservas de combustíveis fósseis iriam começar a declinar.
“A sociedade em breve não teria outra opção além de buscar fontes de energia renováveis.”
E, por que resolvi contar essas histórias sobre o Elon? porque estou lendo sua nova biografia; estou no capítulo 10 mas já recomendo. Não porque sou fã dele, tenho diversos pontos de discordância, mas é uma história inspiradora e que deixa muito aprendizado. Ele é diferente. Um gênio? Discutível. Mas completamente diferente. E, o que podemos aprender é que ele usou toda essa diferença a seu favor.
Ele não tentou se enquadrar — e pagou e paga o preço disso — ele colocou a esquisitice dele à favor dos seus objetivos.
Uma frase muito comum em consultorias é:
“Nossos clientes nos pagam milhões para irmos até lá lembra-los porque eles começaram.”
Elon nunca precisou que alguém o lembrasse sobre seus princípios. Mais tarde, em 1995, Musk seguiu o seguinte raciocínio para decidir se aceitaria as diversas ofertas para trabalhar em Wall Street, no mercado financeiro:
“Pensei sobre coisas que afetariam de verdade a humanidade. Cheguei a três: a Internet (Starklink), energia sustentável (Tesla), viagem espacial (SpaceX).”
Coloquei em parênteses as empresas que existem hoje e atendem as iniciativas que ele constatou serem merecedoras de sua atenção. Naquela época nenhuma delas existia. Mas o propósito estava traçado. Não por decisão, mas por ele ter sabido ouvir sua bússola interna.
Aquilo que sempre o fez esquisito, que afastava as crianças na escola, que fazia os professores questionarem sua inteligência, que dificultava o relacionamento com outras pessoas deixando a memória de uma juventude solitária — tudo isso, foi exatamente o que permitiu que ele chegasse onde está hoje.
Se diferencie pela autenticidade. Ninguém pode ser você melhor do que você mesmo.
Elon é um grande exemplo do conceito de Monopólio Pessoal. Unir habilidades, paixões com aquilo que o mundo precisa.
→ E você? O que te faz esquisito? O que te causava interesse genuíno quando criança? A chance é que a resposta do futuro esteja no passado.
Branding Quote
Quando algo é importante o suficiente, você o faz mesmo se as chances estiverem contra você. — ELON MUSK
Extra Curricular
Hoje de manhã fiz um stories perguntando se alguém tinha interesse em saber os sites que uso para estudar artigos e notícias sobre design/branding e bastante gente se interessou. Então vou deixar a lista dos principais canais que utilizo:
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Ótima semana.
Lona.