Gêngis Khan era um conquistador que virou lenda. A história do guerreiro bárbaro da Mongólia é contada e recontada, falando da sede interminável por sangue e poder, que aterrorizaram o mundo civilizado por diversas décadas.
Sem dúvida, essa é uma das histórias mais significativas sobre estratégia, guerra e conquistas territoriais. Agora, o que pouco se fala é o que fez de Khan e seu exército tão bem sucedidos: a capacidade humilde de se colocar no lugar de aprendiz.
Gêngis Khan não foi só uma das maiores mentes militares que já viveram, mas foi um eterno estudante cujas vitórias incríveis costumavam ser o resultado de sua capacidade de absorver as melhores tecnologias, práticas e inovações de cada cultura que seu império tocava.
Eu peguei a história do imperador pra falar sobre o tema que tem passado os últimos dias comigo: a nossa capacidade de se colocar na posição de aprendiz, mesmo depois de anos de estudo e prática.
Autovalidação
É preciso ter um tipo especial de humildade para compreender que você sabe menos, mesmo que saiba e aprenda cada vez mais.
Quando fazemos algo bem feito e temos nosso desempenho reconhecido, surge uma pressão crescente de fingir que sabemos mais do que de fato sabemos.
Este é um erro que já cometi e que preciso prestar atenção para não cair em tentação. O risco está em nos deixar acreditar que estamos consolidados e seguros, quando na realidade, a maestria é um processo contínuo e fluído.
A zona de conforto é sedutora, com a ilusão de segurança e sensação de superioridade. O que eu venho aprendendo é que, toda vez que sinto essa falsa segurança é porque o ego está no controle.
O ego preenche o espaço entre o que você gostaria de ser e o que você é.
A lacuna do bom gosto
Ira Glass, um escritor americano, criou este termo "lacuna do bom gosto". Ele fala que profissionais criativos (eu e você) têm bom gosto. E, claro, é por isso temos a vocação de criar. Ao mesmo tempo, esse bom gosto é justamente o que nos atrapalha no próprio desenvolvimento.
Porque ter bom gosto significa ser capaz de perceber aquilo que é bem feito. E, saber o que é bem feito é diferente de ser capaz de fazê-lo.
Então, enquanto estamos produzindo nosso trabalho, vivemos com a maldição de saber que o que fazemos ainda está aquém de nossas referências (do nosso bom gosto).
E, é justamente nessa lacuna que o ego aparece para nos confortar.
A luta é ter humildade para continuar sendo aprendiz e, não deixar o ego tomar o controle por todo o desconforto que essa decisão causa. Enfrentar nossos pontos fracos com honestidade e nos dedicar a dificuldade de estar sempre aprendendo.
Branding Quote
"À medida que nossa ilha de conhecimento cresce, o mesmo acontece com a praia de nossa ignorância." — JOHN WHEELER
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Este artigo com sete dicas para melhorar seu trabalho com tipografia.
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Hoje tem live no insta com o Tio Kaio, especialista em design de marca. Vamos falar sobre os 3 livros que mudaram a nossa vida.
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Aula Grupo Marcados Ⓜ️: Tipografia como Ativo de Marca c/ Carlos Mignot (conteúdo exclusivo para membros)
→ Quarta-feira, 02/02, 20h
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→ Qualquer dia da semana
Voltei pro YouTube: saiu vídeo novo do quadro Análise de Marca, falando sobre o rebranding mais minimalista do ano, da VISA.
Uma ótima semana,
Lona