Vou ser sincero: já fazem três anos que (quase) todas as segundas-feiras eu sento para escrever o texto dessa newsletter. Inclusive, tenho até um vídeo mostrando meu método para isso. Mas hoje… eu travei.
Não porque não sabia o que dizer — mas porque tinha coisas demais para compartilhar.
Já falei antes: essa newsletter é, sem dúvida, o canal de conteúdo em que me sinto mais à vontade. É aqui que falo sobre os bastidores e posso ser vulnerável, dividir minha própria intimidade profissional (e às vezes pessoal também).
Hoje, quando me sentei para escrever, minha cabeça estava cheia. Cheia de ideias, de possibilidades, de oportunidades e… de ambições.
A vida não é um gráfico linear — ela é cheia de altos, baixos e parábolas. E, agora, estou vivendo um desses altos. É muita coisa acontecendo. Muita coisa boa… mas é muita coisa.
Me perdoe se estou sendo misterioso, mas, quando chegar a hora, eu vou contar tudo o que está rolando. O ponto é: eu sei que você também se sente assim, às vezes.
É muita coisa.
Muitas possibilidades. E cada possibilidade abre uma enxurrada de outras coisas para pensar, decidir, fazer.
Veja, nunca fui muito bom em guardar conhecimento. Já faz anos que me esforço para desenvolver essa habilidade: ser capaz de armazenar, organizar e acessar aquilo que leio, escuto e aprendo. Mas, na real… é muita coisa.
Anos atrás, conheci o trabalho de Charlie Munger. Ele foi sócio de Warren Buffett — juntos, são os maiores investidores da história. Construíram uma riqueza que supera o PIB de muitos países. E fizeram isso, basicamente, por serem extremamente bons em uma coisa: tomar decisões.
E, como você pode imaginar, tomar boas decisões exige conhecimento — e mais do que isso: exige ser capaz de acessar o conhecimento certo, na hora certa.
Charlie tem um livro chamado “O Almanaque de Charlie Munger”, onde encapsula boa parte do seu conhecimento em um conceito muito valioso: os modelos mentais.
Durante uma tomada de decisão, nosso cérebro funciona criando previsões sobre o que pode acontecer, baseado naquilo que ele conhece (memórias, experiências, repertório).
A melhor forma de fazer isso é através de princípios que possam ser aplicados em diferentes situações. Esses princípios, que condensam experiências, aprendizados e memórias, são chamados de modelos mentais.
Nos últimos anos, passei a escrever e organizar os modelos mentais que me ajudam a navegar no mercado criativo. Aqui estão alguns deles:
Tudo parte da marca.
Não é sobre você.
Você é um negócio.
Vender é facilitar.
Produtize-se: crie seu monopólio pessoal.
Ninguém pode ser você, melhor do que você mesmo.
Fuja da concorrência com autenticidade.
Ensine mais do que a concorrência.
Não entre numa briga que você não pode ganhar.
Existem três tipos de alavancagem: capital, pessoas e mídia/tecnologia.
Você é o seu nicho.
Rotina primeiro, agenda depois.
Seja pago para pensar.
Esses modelos mentais me ajudam todos os dias. Me ajudam a tomar decisões, a economizar energia, e — talvez o mais importante — a controlar a ansiedade.
E, claro, são eles que venho aplicando nos conteúdos que compartilho com meus alunos, mentorados e aqui com você.
Conversando com alguns colegas e mentores, me sugeriram que eu organizasse tudo isso de forma mais estruturada e compartilhasse com você, que acompanha e confia no meu trabalho.
Então, quero te perguntar: isso faz sentido pra você?
Me responde esse e-mail, comenta, me diz. Inclusive, se quiser, me conta: qual desses modelos mentais da lista acima te chamou mais a atenção?
Sua resposta me ajuda a entender se devo transformar isso em um novo projeto, aula ou conteúdo para te ajudar ainda mais.
Agradeço desde já.
Branding quote
"As pessoas bem-sucedidas são aquelas que estão constantemente tentando ampliar seus modelos mentais. Elas aprendem todas as grandes ideias dos principais campos do conhecimento humano e aplicam essas ideias sistematicamente." — CHARLIE MUNGER
Uma ótima semana.
Lona
Fala lona, tudo bem contigo? Cara me identifiquei muito sobre esse excesso de ideias, e a cada ideia outras mil possibilidades e como organizar isso, essa ideia sobre modelos mentais é muito boa realmente dar para tirar a ideia da cabeça mas oq me pega particularmente é como colocar tudo isso em prática? o que é realmente importante? Será que isso que eu tô pensando é algo a ser feito ou compartilhado? . Essa clareza do que realmente importa é o que mais tem me pegado ultimamente. Entrei na sua comunidade recentemente e parabéns cara pelo conteúdo, transformador e cada aula abre cada vez mais a minha mente!
Lona, isso fa total sentido. As vezes me sinto perdido pois estou sendo rodeado de informações. Faço parte da comunidade e adoraria ver uma aula sobre esses modelos mentais e como você utiliza deles para organizar ideias.