Em 1993, Michael Jordan liderava o Chicago Bulls em uma de suas melhores temporadas.
Em uma série de jogos contra o Washington Wizards, o Bulls recebeu o adversário em casa e venceu, mas o melhor em quadra foi Labradford Smith, estrela do Wizards, que anotou 37 pontos na partida — melhor marca na carreira.
No final do jogo, Jordan disse aos jornalistas que Smith passou por ele e disse: “Bom jogo, Mike” — naquele jogo Michael tinha marcado “apenas” 25 pontos.
No jogo seguinte, novamente contra os Wizards, Jordan voltou para dar o troco. Disse “Eu vou marcar no primeiro tempo o que ele marcou no jogo passado inteiro”.
Jordan terminou o primeiro tempo com 36 pontos, sempre procurando Smith na quadra e o humilhando na frente da própria torcida. No fim da partida, Jordan fez 47 pontos em mais uma vitória do Bulls (126 a 101), e Smith fez 15 pontos.
Décadas mais tarde, Jordan confessou a verdade. Ele inventou que Smith havia o provocado no final da primeira partida. Ele criou essa rivalidade para se automotivar.
Jordan faria qualquer coisa para passar por cima de tudo e todos.
Quem voce quer ser?
Na newsletter da semana passada eu falei sobre o seus traumas serem o seu superpoder. Hoje, te convido a usar suas experiências ruins como motivação.
Se você conhece minha história, sabe que eu só cheguei aqui, porque queria provar o valor do meu trabalho. Porque no começo da minha carreira fui inferiorizado nas salas de reuniões, chamado de “menino do design”, “menino da arte”, por pessoas que achavam que design era brincar de colorir.
Eu carrego essa raiva até hoje. Eu lembro até hoje da expressão no rosto daqueles engravatados pretenciosos de cabelo grisalho, me dando tapinha nas costas e rindo.
Não vou mentir, no começo esse sentimento me pegou. Eu quase acreditei no que eles diziam. Quase aceitei uma carreira medíocre, porque me disseram que meu trabalho era supérfluo. Quase.
Mas quando permiti que essa raiva servisse de combustível, foi quando comecei a trilhar o caminho que me trouxe até onde estou hoje.
Me tornei obcecado por aprender processos criativos e entender como o design impactava os negócios.
Saí da agência que trabalhava, porque percebi que eles acreditavam nessa inferioridade dos serviços criativos.
Na primeira oportunidade que tive quando comecei o meu negócio, consegui reverter essa situação: entrei como “menino do design” e sai como “designer de negócios” — sim, quem me deu esse título foi um dos sócios da empresa que eu estava prospectando.
Já contei essa história em outros lugares, mas o meu ponto hoje é te convidar a usar a sua raiva e frustração como combustível.
Quem voce quer ser?
A resposta para essa pergunta pode estar condicionada às suas experiências. E, se em algum momento você passou por situações de intimidação, onde te inferiorizaram de alguma forma e você aceitou, a sua resposta para essa pergunta será influenciada.
Te convido a pensar de novo.
Talvez essa experiência ruim seja tudo o que você precisa para começar a trilhar o caminho que sempre quis. Talvez, usar o sentimento ruim como combustível para alcançar o sentimento almejado, seja parte do processo de crescimento.
Talvez, o melhor que você pode fazer hoje, é pensar “eu vou mostrar pra esses filho da put*”.
Então vai. Mostra pra eles.
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Como alguém que investe em empreendedores, Barbara procura pessoas que usam a dor como combustível. Para ela, crescer pobre é um trunfo. Ela diz:
“Infância ruim? Sim! Pai abusivo? Maravilhoso! Nunca teve pai? Melhor ainda! Nem todos os meus empresários tiveram uma infância ruim, mas em algum momento alguém lhes disse que não conseguiriam ser bem sucedidos — e eles ainda estão irritados.”
Barbara Corcoran, Empresária, Mentora e Investidora do Shark Tank USA.
Extra Curricular
Não sei você, mas eu preciso de inspiração visual. Tô viciado nesse site. Muitas vezes deixou meu Savee.it aberto só como plano de fundo.
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→ Terça-feira, 19h30
Aula ao vivo no Marcados Ⓜ️: Vou analisar o relatório de estratégia de marca de um projeto real que está em andamento, de um membro da comunidade (exclusivo para membros)
→ Qualquer dia da semana
YouTube: dois vídeos semanais
Ótima semana.
Lona.
Não importa o que fizeram comigo, mas sim, o que eu faço com o que fizeram comigo!
Mais um texto incrível Lona, mt obrigado!
Sem palavras!