O ano era 2016, e eu falava sobre o real diferencial competitivo que uma pessoa pode ter no mercado criativo.
Nessa época eu já fazia a transição de designer gráfico para consultor de marca. Havia concluído meu primeiro projeto de estratégia de marca e estava sedendo por mais uma oportunidade de aplicar tudo o que estava aprendendo.
Eu estava imerso no mundo do design thinking aplicado aos negócios. Estava na comunidade do Chris Do, estudando todos os livros que podia, assistindo aos vídeos de aulas e estudos de caso, conversava com os membros da comunidade e tentava trazer a experiência deles para minha realidade (eles eram dos EUA/Europa).
E, nesta fase, um pensamento me bateu:
se vivemos na era da informação, e o acesso à ela não é mais um problema; então, a verdadeira vantagem competitiva não é mais quem tem ou não;
ou seja, aprender a técnica é importante, mas a vantagem competitiva está na capacidade de executar cada técnica aprendida enquanto voce aprende.
E hoje, isso faz mais sentido do que nunca, a situação apenas se agravou.
É possível ver as consequências disso nos próprios critérios de recrutamento e seleção das empresas. Elas buscam capacidades ténicas, como sempre, mas o fator decisivo está nas “habilidades humanas”:
a capacidade de se relacionar com outros, inteligência emocional, auto-controle, auto-gestão e auto-desenvolvimento;
Basicamente, as empresas sabem que o mal desta geração são as doenças mentais como ansiedade, depressão e transtornos de atenção.
Nos últimos anos que passei a ensinar e mentorar profissionais criativos pude observar esse efeito.
Mais do que nunca, os chamados “soft skills” se fazem necessários para transitarmos entre o mercado e nossas vidas pessoais.
Soft skills são habilidade que nada têm de suave. Envolve toda nossa capacidade de lidar consigo. Traumas, crenças que nos limitam, os medos mais enraizados na nossa existência.
Muitas vezes achamos que o processo de aprendizado é algo linear:
primeiro você aprende, encontra conforto naquilo, começa a praticar e vai progredindo — não é.
O desconforto é essencial no processo de aprendizado. Não tem como aprender sem errar. E, não tem como errar sem se sentir desconfortável.
Então, para aprendermos precisamos nos acostumar com o desconforto.
Por isso sempre digo que estratégia de marca é algo que se aprende fazendo. E, na verdade, isso se aplica a praticamente tudo.
E por isso que o Marcados é uma comunidade. Porque o que me ajudou nesse processo, foi estar próximos de pessoas que já estava praticando.
Ler livros, assistir vídeos, fazer cursos, aprender técnicas — tudo isso é necessário. Mas o diferencial está na sua capacidade de executar o que aprende enquanto aprende.
E, isso demanda um outro tipo de coragem: a coragem do autoconhecimento.
Branding Quote
Accelerating learning requires a second form of courage: being brave enough to us your knowledge as you acquire it.
- Adam Grant
Extra Curricular
O meu autor favorito, Malcolm Gladwell, entrevistando o autor que tenho mais estudado, Adam Grant. Leiam todos os livros desses caras.
Agenda
→ Terça, quarta e quinta-feira, as 08h
Live no Instagram: 🔵 EMBD → Nosso encontro matinal para tirar dúvidas sobre o mercado criativo
→ Terça-feira, 19h30
Aula ao vivo no Marcados Ⓜ️: aula semanal ao vivo (exclusivo para membros)
→ Qualquer dia da semana
YouTube: dois vídeos semanais
Ótima semana.
Lona.
Caramba... Estava precisando de um puxão desses ... Obrigada pelo texto...